Os pássaros que crescem em ninho aberto sentem o vento e podem bater as asas antes de voar.
Isso não acontece com as toutinegras, que nascem em ninho construído no oco de uma árvore, numa velha chaminé ou até mesmo em uma caixa de correio abandonada.
Quando elas têm quase duas semanas, trepam na borda do ninho e, mesmo ofuscadas pela luz, mergulham no espaço. Os pais vigiam e encorajam os filhos com gritos.
A toutinegra passa o dia a procurar alimento. Um adulto chega a comer por dia o seu peso em insectos.
O macho alimenta a fêmea enquanto ela choca os ovos. Quando nasce a dúzia de filhotes, os pais levam-lhes por dia cerca de 300 bicos cheios de alimento, durante a primeira semana; na segunda, esse número sobe para 600.
O macho alimenta a fêmea enquanto ela choca os ovos. Quando nasce a dúzia de filhotes, os pais levam-lhes por dia cerca de 300 bicos cheios de alimento, durante a primeira semana; na segunda, esse número sobe para 600.
Então os filhotes já podem deixar o ninho; continuam, porém, a ser alimentados pelos pais por mais outros 12 dias.
Fomos buscar esta história de aves para vos dar a conhecer uma toutinegra singular que existe em Fraião e é alimentada todos os dias pela APPACDM.
Ora leiam, se fazem favor, até para ocuparem estes dias defim-de-semana prolongado que vamos aproveitar para mostrar coisas boas que existem em Fraião.
O Lar Residencial a Toutinegra situa-se no Monte do Bom Jesus, mais propriamente na Quinta do Calvelo, num terreno doado à Associação Portuguesa de Pais e Amigos (APPACDM) de Braga, por D. Maria Lucinda Guimarães e seu marido, Dr. Egidio Guimarães, sócio fundador da APPACDM, que já evocamos neste blogue.
As obras de construção iniciaram-se em 1981, e prolongaram-se durante o ano de 1982.
A 12 de Dezembro de 1983, mediante um acordo especifico de cooperação com o Centro Regional de Segurança Social de Braga, o Complexo de Fraião entrou em funcionamento, designado por Lar de Apoio: Centro de Bem-Estar -A Toutinegra", atendendo na altura 5 utentes do sexo feminino.
Em Janeiro de 1984, tomou posse como directora do Lar de Apoio, a Senhora D. Olga Ribeiro. Inicialmente, este complexo começou a funcionar em regime de semi-internato e a partir de Maio começou a funcionar o regime de internato (de 2.ª a 6.ª feira), encerrando aos fins-de-semana.
No ano de 1987, o número de utentes era já de 27. nos dois regimes. No seu quadro docente, inicialmente, constavam duas educadoras, que tinham o apoio de quatro vigilantes, acrescentando-se duas professoras do ensino básico, no ano lectivo 1986/ 1987 e de uma professora de educação física no ano lectivo 1988/ 1989.
O regime de atendimento do Complexo não foi sempre o mesmo. A partir de 1988, começou a funcionar, também no mês de Agosto e em Julho de 1990 passou a estar aberto aos fins-de-semana.
O regime de atendimento do Complexo não foi sempre o mesmo. A partir de 1988, começou a funcionar, também no mês de Agosto e em Julho de 1990 passou a estar aberto aos fins-de-semana.
Desde então o atendimento é permanente, 365 dias por ano, vinte e quatro horas por dia.
No ano de 1992, o Complexo dava atendimento em regime de internato e de semi-internato a 32 utentes, com deficiência mental profunda. E no ano 2003. o número total de utentes era de 23 utentes.
A partir de 2005 passou a Lar Residencial, direccionado para o atendimento da população com deficiência mental, com idade igual ou superior a 16 anos, particularmente de casos com multideficiência, sem rectaguarda familiar ou cujos familiares não os possam acolher e ainda em situações especificas devidamente justificadas.
A admissão de pessoas portadoras de deficiência mental com idades inferiores a 16 anos, acontece em casos de grave situação sócio-familiar, quando esgotadas as possibilidades de encaminhamento para outras respostas sociais mais adequadas.
Pode também decorrer de encaminhamento da comissão de protecção de crianças e jovens (CPCJ) ou dos Tribunais de Menores.
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