quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Faz renascer a Esperança em Fraião na Frente








Já chega de monumentos à indiferença - ou à incompetência de quem está na Junta de Freguesia de Fraião com este resultado.

Não te resignes, nem deixes as coisas rolar. É que as coisas não rolam.

Depois de ouvirmos as pessoas - ver ao lado esquerdo - apresentamos o nosso candidato - Alberto Barroso Afonso - para colocar Fraião na Frente.
Começa a erguer-se a esperança de um novo futuro para esta freguesia.

Não te resignes nem deixes que tudo continue na mesma.

Nós não queremos que mensagens e imagens negativas continuem a retratar a vida de Fraião.

Deixamos aqui algumas dessas imagens, na esperança de que é a última vez que elas sejam o presente ou futuro desta freguesia onde nascemos ou nos acolheu.

As imagens valem mais que mil palavras. Então, estas valem mais que muitas mil palavras.

Os fraionenses não podem continuar de braços cruzados sem nada dizer, ou fazer.

Nós não queremos acreditar que o mais simples ou o mais letrado, o mais pobre ou o mais rico, o mais novo ou mais idodo habitante de Fraião queira continuar a ver as imagens que traduzem desleixo, falta de carinho e indiferença perante os sítios, os equipamentos e as necessidades das pessoas que aqui habitam.


Somos substantivos - lamentamos que estas factos possam acontecer em Fraião.

Recusamos os adjectivos para classificar comportamentos ou pessoas. Os adjectivos são sempre subjectivos.

Porque não queremos mais estes factos e queremos apagar estas imagens, aderimos ao convite de Alberto Barroso Afonso para constituir uma equipa para colocar Fraião na Frente, pela positiva, em diálogo com os fraionenses, sem interesses, sem cargos, sem mordomias, em parceria com as forças vivas.

Agora, vejam com os vossos olhos.

Por isso, não prometemos muito. Só nos comprometemos - com palavra de honra - a acabar com este espectáculo que só não faz corar quem já não tem pudor ou então não sabe o lugar que ocupa.

Fraião merece mais que isto, não merece.

De quem é a autoria destas imagens?

Os fraionenses sabem quem é responsável por elas.

Se sabem, participem. Façam uma coisa simples.

Fraião merece mais e melhor.
Merece estar na Frente. Votem.



Chega-te à frente.
Não fiques para trás.














Ergue-se a esperança em Fraião




Apresentado o candidato - Alberto Barroso Afonso - para colocar Fraião na Frente, começa a erguer-se a esperança de um novo futuro para esta freguesia.

Nós não queremos que mensagens e imagens negativas continuem a retratar a vida de Fraião.
Deixamos aqui algumas dessas imagens, na esperança de que é a última vez que elas sejam o presente ou futuro desta freguesia onde nascemos ou nos acolheu.

As imagens valem mais que mil palavras. Então, estas valem mais que muitas mil palavras.

Os fraionenses não podem continuar de braços cruzados sem nada dizer, ou fazer.


Nunca criticaremos pessoas nem as colocaremos nas masmorras da maledicência.

Somos substantivos - lamentamos que estas factos possam acontecer em Fraião.

Recusamos os adjectivos para classificar comportamentos. Os adjectivos são sempre subjectivos.

Porque não queremos mais estes factos e queremos apagar estas imagens, aderimos ao convite de Alberto Barroso Afonso para constituir uma equipa para colocar Fraião na Frente, pela positiva, em diálogo com os fraionenses, sem interesses, sem cargos, sem mordomias, em parceria com as forças vivas.

Agora, vejam com os vossos olhos.

Uma equipa para colocar Fraião na frente



Residente há 10 anos em Fraião, Alberto Barroso Afonso é a nova aposta do PS para a Junta de Freguesia, depois de alguns anos de experiência adquirida na Assembleia onde se apercebeu de “de ano para ano nada mudava” apesar do seu empenho pessoal em resolver os problemas das pessoas em questões como as águas e a electricidade.

É esta parceria com as pessoas que norteia a sua candidatura como esteve presente quando ajudou a resolver o antigo problema de energia na Travessa dr. Manuel Faria, nas ruas Amália Rodrigues, do Passal e da Quinta com nova ligação à subestação de Lamaçães.



Para a equipa de Alberto Afonso, “nenhum de nós se pode demitir da pequenina contribuição para construir uma freguesia diferente, com mais atenção aos problemas das pessoas e melhor resposta aos seus anseios e sonhos. Fraião precisa de pensamentos, ideias, práticas e comportamentos positivos.”

Este técnico exploração da EDP compromete-se com os eleitores de Fraião a colocar as necessidades das pessoas em primeiro lugar, tentando satisfazê-las em parceria com a Câmara Municipal, AGERE, Braval e as forças vivas da freguesia, como é prioritário na zona da Boavista.

Afirmar Fraião no contexto das freguesias” constitui outra prioridade dos socialistas para evitar o nascimento de mais um dormitório, dinamizando as associações, as actividades culturais, recreativas e de enriquecimento das pessoas em termos pessoais e profissionais.

Com estas actividades, diz Alberto Afonso, “queremos aumentar a auto-estima dos fraionenses” para que os bracarenses olhem para Fraião com olhos de simpatia e esta terra “seja notícia pela positiva porque é inútil e desperdício de tempo passar o tempo a criticar sem tentar fazer nada de positivo pela terra onde nascemos e nos acolheu”.

Com uma equipa jovem e tecnicamente diversificada, Alerto Afonso aposta em maior “comunicação com os residentes em Fraião, não deixando os seus problemas sem resposta”: apenas com dialogo é possível “reanimar associações culturais, recreativas e desportivas que foram anestesiadas e se calaram ao longo dos últimos anos” — insiste o candidato.


No primeiro esforço de dar voz às pessoas, os socialistas criaram duas pontes de diálogo — uma caixa de correio electrónico fraiaonafrente@gmail.com e um blogue http://www.mais-e-melhor-fraiao.blogspot.com/ — para que os fraionenses possam dialogar com os candidatos e apresentar sugestões.

Alberto Afonso desafia mais uma vez os que nasceram ou residem em Fraião a participarem neste desafio porque “esta terra precisa de todos” deixarem a lamúria, "paralisados pela maledicência que justifica o vazio em que Fraião se deixou anestesiar”.

Equipa de Alberto Afonso está a ouvir as pessoas para poder apresentar, dentro de dias, um programa realista que responda aos maiores anseios dos fraionenses.


sábado, 26 de setembro de 2009

Viva Fraião e quem nela vive


Este é o brasão de S. Tiago de Fraião.
O padroeiro está representado pela vieira (concha) e a água é o timbre da sua riqueza.



sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quem não sabe agir, reage, mas é pouco!




Já valeu a pena.
O nosso alerta de há 15 dias não caiu na "fonte seca" do saco roto.

Os placards que a Junta de Freguesia mantinha a zero em vários locais da freguesia já são mais interessantes.

Chama-se a isto andar a reboque.

A reboque andam aqueles que não têm iniciativa própria. Limitam-se a reagir porque não sabem agir.

Fraião na frente... só com acção.

Com reacção temos Fraião para trás.

E com esta, nos vamos para fim-de-semana de reflexão.

Não o vamos perturbar hoje e amanhã, para não dizer que foi por estar a ver este blogue que se esqueceu de ir votar.

Portugal precisa de si.
Participe neste desafio.
Vote.
Use a sua arma da cidadania.

Não permita que decidam por si.







quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Muito obrigado: Fraião é fixe, é demais!


Olá.

Estamos encantados com a sua participação nas iniciativas deste blogue "mais-e-melhor-fraiao".

Em primeiro lugar, pelo número crescente de seguidores do blogue que tem conseguido manter uma atitude positiva com Fraião, o seu passado e o seu presente.

É com esta alma serena e feliz que nos abalançamos a constituir uma lista renovada e inovadora para a Assembleia de Freguesia de Fraião.

Em segundo lugar pela participação registada no nosso inquérito sobre as principais necessidades das pessoas que nasceram e residem em Fraião.

As suas sugestões coincidem com o levantamento das carências que fizemos ao longo das últimas semanas e meses. Isso quer dizer-nos que estamos no bom caminho e em sintonia com os fraionenses.

E como se vê, Fraião precisa de si.

Fraião precisa de cada um de nós.

Fraião é Fixe

Vamos colocar Frente, vamos fazer com que esta freguesia se destaque das outras pela positiva.

Anda daí connosco. Dá-nos a tua mão. Vamos fazer de Fraião uma terra feliz para os idosos, para os que trabalham, para os que estudam, para os jovens e para as crianças.

Basta esta ideia para mudar Fraião.

Agora, vamos arregaçar as mangas,
vamos ser felizes e fazer de Fraião
a freguesia onde se é feliz por aqui viver.

À volta desta ideia, constituímos uma equipa: todos os fraionenses apostados na alegria da vida.







terça-feira, 22 de setembro de 2009

Conhecer melhor Fraião (6)... curiosidades


D. Fraião (1170 -?) foi um fidalgo italiano que veio para o Reino de Portugal com o Conde D. Mendo, nobre de origem nórdica, escandinava, e irmão do Duque da Toscânia, Desidério (710 - c. 786), último rei dos Lombardos, a quando da Reconquista Cristã da Península Ibérica, aqui ao lado de D. Afonso I de Portugal participou em várias batalhas contra os Mouros.


*

A Quinta da Senra de Baixo, (atrás do Media Market) já foi um grande celeiro de Fraião em décadas passadas e agora praticamente reduzida à casa agrícola da quinta mas onde existe algum património que não deve deixar-se degradar.

Junto á casa de lavoura encontra-se um dos marcos delimitadores da freguesia com a inscrição ‘SIP’ e um lindo conjunto de granito com bancos, fonte e tanque construído em Setembro de 1858.



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O Campo Escola do Corpo nacional de Escutas, oferecido por Calouste Gulbenkian, foi fundado em 1 de Julho de 1963 e por ele já passaram milhares de jovens nas suas acções de formação do escutismo.


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A primeira vez que surge «In parrochia Sancti Sacobi de Froyam» (Paróquia ou freguesia de Santiago de Fraião) é em Fevereiro de 1217, quando o Cabido de Braga empraza a João Boião diversos bens em Santiago de Fraião (Liber Fidei, doc. 880, A.D.B.), embora em 1220, 1260 e 1290 continue a apelidar-se tanto Santiago de Fraião como Santiago de Lamaçães.

A distinção era apenas pelo Orago – Santiago e Santa Maria. É esta a biografia comum de duas freguesias com a mesma toponímia Lamaçães «testemunha dos tempos, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida» (Cícero, do Orador – II).

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Conhecer melhor Fraião (5)... no regresso dos Espiritanos


Um dos maiores edifícios da Freguesia de Fraião, com muita história, relacionada com a cooperação missionária entre Portugal e África, é o Seminário do Espírito Santo, cuja quinta está a ser ocupada agora por uma das maiores urbanizações de Braga.

Fomos ao site da Congregação dos Espiritanos em Portugal, para conhecermos um pouco da história deste edifício que pontifica sobre a paisagem fraionense e descobrimos a importância cimeira desta casa em Fraião como ponto de partida para a restauração da actividade dos Espiritanos em Portugal, após a expulsão com o advento da República..

Em 1910, com a proclamação da República, dá-se a supressão e expropriação dos bens de todas as Congregações religiosas. Todas as nossas casas foram espoliadas, excepto a da Procuradoria das Missões, em Lisboa. Muitos procuram refúgio em Zamora, onde se abre uma escola apostólica.

Em 1919, o P. Moisés Alves de Pinho é nomeado Provincial de Portugal e encarregado de restaurar a Província Portuguesa e esta magnífica obra de restauração tem Fraião (Braga) como ponto de partida. A 2 de Fevereiro de 1921, é erecta canonicamente a Província de Portugal.

Foi em 1927 que os restauradores da Província compraram aos filhos do Visconde de Fraião, a quinta e o velho solar, ao fundo onde se instalou um pequeno grupo de Irmãos, vindos da comunidade na Rua Bento Miguel, para se lançarem na construção do Seminário de Fraião: o Pavilhão Norte primeiro e, logo a seguir, o das oficinas e o central.

No início do ano escolar de 1929 tudo estava pronto para acolher os seminaristas provenientes do Colégio de S. Tomás, em Braga, e do recém-construido seminário de Godim, na Régua.

Nasce assim o Seminário de Fraião que, em 1935, é acrescentado de mais um Pavilhão: o Sul. Foram milhares os jovens que por aqui passaram e dos quais algumas centenas foram ordenados sacerdotes e outros fizeram Profissão Religiosa como Irmãos.

A Escola Profissional e Agrícola funcionou também neste Seminário para preparar Irmãos missionários nas artes e ofícios essenciais à Missão.

O velho solar, devidamente ampliado, foi sede de noviciado desde 1934, primeiro para Padres durante sete anos e, a partir de 1950, para Irmãos.

Nas décadas de 1970-1980 serviu de casa de formação para os jovens professos do I ciclo filosófico.

Era conhecida por casa da Filosofia, no Espadanido, (na foto).

Antes de albergar o actual Lar da Associação de Solidariedade S. Tiago de Fraião, serviu ainda como comunidade de animação missionária da zona de Braga.

O Seminário de Fraião, no espírito de inserção e serviço à Igreja local que sempre o caracterizou, compreende actualmente, uma comunidade de acolhimento a missionários mais idosos cuja vida dedicaram, de alma e coração, à Missão da Igreja e uma comunidade de animação missionária e vocacional para acolhimento e formação a grupos e jovens numa perspectiva vocacional para o serviço da Igreja e sua Missão.

Espiritanos em Portugal

A primeira comunidade da Congregação em Portugal é inaugurada, em Santarém, a 3 de Novembro de 1867.

É formada por dois Padres e dois estudantes franceses. Com esta casa pretendia-se a formação de missionários para Angola. Por vários motivos, abandona-se o seminário de Santarém e assume-se uma nova obra em Gibraltar.

Em 1872, por não corresponder aos seus objectivos, abandona-se o Colégio de Gibraltar e funda-se uma nova comunidade em Braga. Aos poucos a Província vai-se desenvolvendo e novas comunidades surgem: Sintra, Lisboa, Ponta Delgada. Só em 1901 é que a Congregação é oficialmente aprovada em Portugal, com sede em Lisboa.

Será uma fase de progressiva expansão e de surgimento de novas vocações e comunidades: Viana do Castelo, Régua, Porto, Silva (Barcelos), Coimbra, Torre d'Aguilha (S. Domingos de Rana)...

Fruto do desenvolvimento da Província Portuguesa e do trabalho de vários Padres e Irmãos de Portugal surgirá, em 1969, a Província de Espanha.

Alguns anos mais tarde, 1982, é fundado no Brasil o distrito de Brasil Sudeste, formado por confrades de origem portuguesa.

A Congregação Missionária ( Os Espiritanos ) resultado da união de duas congregações. A primeira foi fundada pelo Pe. Cláudio Poullart no Domingo de Pentecostes de 1703, em Paris e a segunda pelo Pe. Francisco Libermann no ano de 1841.

No ano de 1848, houve a fusão, formando a Congregação do Espírito Santo e do Imaculado Coração de Maria.

sábado, 19 de setembro de 2009

Tenha um bom fim-de-semana



Olá.

Aproveite algum tempo livre para conhecer melhor alguns dos recantos da freguesia onde nasceu ou que o acolheu para viver e trabalhar. Este convite tem três razões de ser feito.

1. Aos que aqui nasceram, o convite justifica-se porque a freguesia de Fraião deixou de ter tantos campos e quintas e passou a ter muitas habitações e áreas comerciais, um pouco em cada cantinho.

2. Aos que aqui vivem ou trabalham, o convite justifica-se cm a necessidade de conhecermos melhor a terra que nos acolheu de braços abertos para aqui realizarmos o nosso projecto pessoal ou profissional.

3. Conhecendo melhor, podemos amar mais esta terra. Se amarmos mais esta terra, inquietamo-nos com o seu futuro que é também nosso, de cada um de nós.

E deixe que lhe diga, neste fim-de-semana:

Fraião precisa de si (porque precisa de todos para ser mais e melhor).

Participe neste desafio.


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quem avisa, amigo é. Não diga que não sabia




Olá,
Nas principais rotundas de acesso à freguesia de Fraião, foram colocados estes painéis de informação.

Quem avisa, amigo é.

Agora não diga a ninguém que não sabe, porque fica mal.

Hoje, chegou a hora H de não ficares a olhar,
apenas a ver o que os outros fazem.

É muito pouco
para uma pessoa inteligente como tu.

É nada
para um jovem ambicioso como tu.

É quase nada
para quem tem um mínimo de respeito pela sua terra (natal ou adoptiva).


Hoje, chegou o momento de fazeres alguma coisa boa por Fraião,
nem que seja apenas uma sugestão.

Participa neste desafio colocar Fraião na frente.

Fraião precisa de ti para ter mais respostas
às necessidades das pessoas
e para ser melhor a qualidade de vida dos seus residentes.

Anda daí, vem connosco.

Não te limites à lamúria.

Não fiques paralisado pela maledicência.

Não te deixes anestesiar pelo vazio
em que todos temos (aparentemente?) vivido,
indiferentes ao rumo da terra que te acolheu
ao nascer ou para residir e trabalhar.

Se queres que Fraião não seja mais um dormitório,
não fiques a dormir na forma.

Vem connosco.

Alberto Afonso


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Conhecer melhor Fraião (4)... dr. Egídio Xavier Guimarães


A freguesia da fonte das águas férreas possui uma chama que não se apaga porque continua depois desta vida outra vida (Luís Murat) e da qual todos se recordam ao passar junto ao portão que dá acesso à quinta de Calvelo de Cima: o dr. Egídio Xavier Amorim de Sousa Guimarães.

Faz quinze anos no próximo dia 27 de Dezembro que faleceu, após uma queda junto à Igreja de S. Lázaro, mas deixa aos bracarenses uma herança cultural e de combate pela cidadania que deve orgulhar os habitantes de Fraião, onde viveu durante décadas, depois de ter nascido na Póvoa de Varzim, em 7 de Julho de 1914, apesar de ter profundas raízes familiares em Braga.

Da cidade de Braga nunca se ausentou por muito tempo, excepto quando era criança e viajou com os seus pais para Moçambique, numa ida episódica. Pode-se dizer que Braga foi o seu berço, o seu lar e o seu túmulo, para além de ter alimentado uma paixão desmesurada pela Cidade dos Arcebispos.

Assim, o seu grande projecto, inacabado, era uma ‘monumental bibliografia bracarense’, acompanhada de algumas memórias, onde os estudiosos pudesesm beber tudo o que fosse necessário saber acerca de Braga.

Depois dos estudos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde concluiu uma formatura em histórico-filosóficas e depois uma especialização em bibliotecário-arquivista, foi nas viagens que empreendeu pela Europa que culminou toda a formação de um grande humanista, lutando em favor de uma ideia de Humanidade, de Pátria e de Cidade que os cépticos nunca viram com bons olhos.

Entre 1964 e 1969 integrou o executivo municipal de Braga, como vereador da Cultura, cujo exercício ficou marcado pela realização de grandes congressos, como o Congresso Internacional de homenagem a São Frutuoso, o apoio à investigação arqueológica, com incidência notável na recuperação e salvaguarda da romana Bracara Augusta, na colina da Cividade e, acumulando com o cargo de Director da Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Braga, permitiu criar as condições de apoio para os projectos de pesquisa do historiador de arte americano Robert Smith.

Além de escrever regularmente na revista Bracara Augusta, na altura dirigida por outro grande amigo de Egídio Guimarães, Francisco Bacelar Ferreira, fez sentir a sua influência decisiva na realização de outros congressos internacionais efectuados em Braga, como o de S. Martinho de Dume e o de André Soares.

Entre a década de setenta e a de noventa participou ainda como elemento destacado da Comissão Municipal de Arte e Arqueologia, de curta vida, e a Comissão Arquidiocesana de Arqueologia e Arte.

Sócio número um da ASPA e presidente do seu Conselho Fiscal, prefaciou obras sobre Moura Coutinho e Manuel Monteiro, além de ter colaborado na revista Mínia e na imprensa de Braga.

Depois da integração da Biblioteca Pública na Universidade do Minho, seguiu-se a fase da sua vida onde melhor pôde desenvolver a sua ideia de pátria e de cidade.

Além de militar em experiência literárias na “Quatro ventos”, desenvolveu profundas ligações de amizade com grandes intelectuais portugueses e estrangeiros, mas ainda teve tempo para colaborar em iniciativas como o Círculo de Cultura Musical que teve uma grande actividade em Braga nos anos 60, a Alliance Française em Braga.

Trabalhou em prol da Delegação de Braga da APPACDM, onde com a esposa, D. Lucinda, e o dr. Félix Ribeiro lançaram as primeiras estruturas de apoio aos deficientes mentais, cumprindo a lição transcrita em livro “O meu amigo Gervásio e a sua filha catedrática", publicado em 1986 e dedicado à sua filha Maria João.

Igreja velha de Fraião, na foto

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Conhecer melhor Fraião (3): o enigma das "Almas"


Um dos maiores enigmas para os mais novos residentes em Fraião, está próximo da Junta de Freguesia. Ali existe um nicho cuja inscrição se lê: “Almas de Lamaçães”.

Para um desprevenido, pode dar a indicação que se enganou no caminho e não está em Fraião, mas tem a sua explicação. Alguém disse que se trata-se de umas alminhas que ali foram colocadas mas ninguém sabe de onde vieram. Por isso, resolveram o problema desta maneira e em vez de escreverem às Almas desconhecidas, escreveram “Almas de Lamaçães”.

Mas há quem saiba. O padre doutor António Gomes, pároco de Lamaçães e Fraião, tem-se dedicado a estudar a história de ambas as comunidades. Numa série de artigos publicados no jornal Diário do Minho, revela-nos os contornos deste enigma.

"A primeira vez que surge «In parrochia Sancti Sacobi de Froyam» (Paróquia ou freguesia de Santiago de Fraião) é em Fevereiro de 1217, quando o Cabido de Braga empraza a João Boião diversos bens em Santiago de Fraião (Liber Fidei, doc. 880, A.D.B.), embora em 1220, 1260 e 1290 continue a apelidar-se tanto Santiago de Fraião como Santiago de Lamaçães.

A distinção era apenas pelo Orago – Santiago e Santa Maria. É esta a biografia comum de duas freguesias com a mesma toponímia Lamaçães «testemunha dos tempos, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida» (Cícero, do Orador – II)."

Para o autor, Santiago (Maior) de Fraião e Santa Maria de Lamaçães, irmãs gémeas, tão umbilicadas que os paleógrafos ficam perplexos em destrinçar os seus terrenos.

O enigma do nicho das Almas entronca num outro que ultrapassou as gerações é este: Santiago de Fraião, primitivamente, chamava-se Santiago de Lamaçães e, pelo contrário, Santa Maria de Lamaçães, conservou sempre a toponímia Lamaçães.

Apesar disso, estamos diante de duas freguesias, que, pela evolução dos séculos, são inconfundíveis e com limites documentados.

Depois, António Gomes cita uma obra que explica o enigma das "Almas de Lamaçães" em Fraião: "Em 1565/66 no «Livro dos Acordos» (Ed. Bracara Augusta, Vol. XXX, O Tomo, Ano 1976, n. 70, Julho-Dezembro, pg. 696) fala do privilégio concedido à Igreja de Lamaçães em pedir esmolas para a devoção ao S.S. Sacramento.

A Confraria das Almas, desde tempos imemoriais, que espalhou esta devoção de sufrágio por várias freguesias e como legado ainda conserva «seus nichos» em Fraião e Nogueira.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Conhece melhor... para amar mais Fraião (2)



Monumentalmente, a freguesia de Fraião é pobre — pode escrever-se sem erro que é uma das mais pobres do concelho de Braga — e o sítio mais mediatizado é a fonte das águas férreas, dominado por um pequeno fontanário que terá sido o primeiro desenho do grande Carlos Amarante.

Trata-se de uma fonte que é conhecida pelo menos desde 1773, pelas suas características medicinais, sendo divulgada nas grandes publicações de hidrologia, a que se refere Pereira Caldas, em 1851. Já nessa altura, esta água é definida como cloretada com sódio e ferruginosa.

A nascente de Fraião era aquela que apresentava maiores teores de ferro, a partir de compostos de ferro acumulados no aluvião.

Na fonte à qual recorrem agora centenas ou milhares de pessoas, jorra água de uma nascente situada onde existe a rotunda que dá a para a avenida Alfredo Barros, entre o Carrefour e o Office Center, a 50 metros da antiga nascente e não é por isso uma emergência natural de água férrea. Trata-se do aproveitamento por gravidade de uma nascente situada a 200 metros para Sul da localização da fonte.

No entanto, não deixa de ser uma água cloretada sódica, com teores de ferro extremamente baixos, pelo que pode ser considerada uma água mineral natural, cuja pureza deve ser fiscalizada por análises trimestrais.

As principais indicações recolhidas em diversos autores incluem as anemias e úlceras atónicas (de evolução crônica, que apresentam granulações patológicas)

A qualidade da água mais referida pelos utentes na fila de espera para encher os garrafões é ser “muito fresca”, não lhe sendo atribuída nenhuma qualidade medicinal directamente.

Em 1997 a cadeia de hipermercados Carrefour instalou-se na zona sudeste de Braga, na freguesia de Fraião, onde a cidade iniciou a sua expansão urbana no início dessa década.

As obras obrigaram à deslocação da fonte do Fraião numa distância de 50 m do local original, conforme reza a placa comemorativa desta reinstalação: “Maio de 1997 - A actual fonte de Águas Férreas de Fraião localizada aproximadamente a 50 m da nascente não é uma emergência natural de água férrea, trata-se do aproveitamento por gravidade de uma nascente situada aproximadamente a 200 m para Sul da localização da fonte, é uma água hipotermal, cloretada sódica, com teores em ferro extremamente baixos, pelas suas características, a mesma pode ser considerada uma água mineral natural."

O actual fontanário é uma obra em granito da região, localizada nas traseiras do hipermercado numa pequena zona ajardinada, encontrando-se a um nível mais baixo do solo (cerca de 3 m na zona da bica), em forma de “L” invertido.

O primeiro lance de quatro degraus conduz a um primeiro patamar onde se encontra um banco de pedra corrido, sobre o qual está a placa comemorativa e um quadro onde são colocadas o resultado das análises feitas periodicamente ás águas. Outros quatro degraus conduzem ao átrio da bica.

A parede de frontão da bica é ladeada por dois bancos corridos em pedra. Na parede do frontão destaca-se, ao centro, a obra em pedra lavrada ao gosto barroco nortenho, em forma de grande escudo de armas, gasto pelos tempos. A água jorra de uma carantonha correndo para uma calha talhada no solo, de onde atravessa subterraneamente a fonte.

As águas são periodicamente analisadas bacteriologicamente pelo Laboratório de Análises de Águas e Fontes Industriais, sendo o requisitante a Junta de Freguesia de Fraião.



Historial

Na "Topografia Médica de Braga", de 1840, são relacionadas estas águas como caldas mandadas fazer pelo Arcebispo D. Freire Caetano Brandão, confundindo estas águas com a Fonte dos Galos, no rio Este. Esta sim teve em tempos umas “Caldas”, que já não existiam no fim do século XIX.

Esta Fonte volta a ser mencionada em 1867 como água férrea e “descoberta no tempo de Frei Caetano Brandão – Arcebispo Primaz”..

No Livro de Termo de Arrematação das Rendas de 1769-1791, Folha 49 e 49v, de 30 de Junho de 1773, da Câmara Municipal de Braga ( transcrito na placa comemorativa), esta obra foi iniciativa do Senado desta Câmara "para asseio e resguardo e pudor do povo com maior comodidade servir-se da água férrea novamente descoberta".

Ainda segundo essa placa, a água foi analisada em 1851 a custo da mesma câmara, e impresso um folheto com os resultados da análise, que foram publicados pelo erudito bracarense José Joaquim da Silva Pereira Caldas em Noções Therapeuticas sobre o Uso e Abuso das Águas Sulphurosas (1852), no "Jornal da Sociedade Farmacêutica" e em folheto brochado pela Câmara Municipal.

A fonte original foi mandada construir pela Câmara Municipal de Braga, no sítio que “fica místico ao Espadanido, arrabalde desta cidade, para asseio e resguardo e poder o povo com melhor comodidade servir-se da água férrea novamente descoberta”.

A empreitada foi entregue a Paulo Vidal, em 30 de Julho de 1773, um mestre pedreiro e morador na freguesia de Adaúfe, por oitenta reis, com “obrigação de a fazer na forma do risco que se lhe entrega assinado pela Câmara, como também mudará o rio, fará o desentulho, formará as paredes de segurança dele, tudo à sua conta e na forma do risco que viu e lhe foi apresentado”. Esta deliberação camarária mostra também o abandono a que esta fonte estava votada no século XVIII.

Mais tarde, em 1851, há notícia do pagamento de 18 reis a José António Peixoto Braga, por 600 exemplares dos “ensaios analíticos das águas férreas de Fraião”.

Civismo não jorra da fonte

A fonte mergulhou de novo numa fase de algum abandono ao qual foi posto cobro no final do século passado, com a construção do Hipermercado Carrefour, cuja implantação levava à demolição da Fonte.

Argumentando que a fonte era pública, a Junta de Freguesia de Fraião, opôs-se à sua demolição e resgatou-a, mediante um acordo celebrado com os representantes da multinacional francesa.

Só é pena que alguns aproveitem para ir à água e levem os cães que conspurcam o pequeno relvado que a circunda… mas isso é uma questão de civismo e respeito pelo que é dos outros que não se guarda em garrafões nem brota da fonte…



sábado, 12 de setembro de 2009

Bom fim-de-semana


Olá.

Bom fim-de-semana para si.

Hoje e amanhã, não vamos comunicar consigo nem prestar-lhe mais informação.

Mas pode ter a certeza que não faremos como a Junta de Freguesia que permanece em silêncio durante o fim-de-semana, os dias de semana, meses e meses a fio.

A avaliar pelo placard que reproduzimos acima, em Fraião nada acontece que possa ter interesse para os seus residentes.

É o prémio "guiness" do silêncio, da ausência e da indiferença para com as pessoas, especialmente as que os colocaram lá.

Até Segunda-feira.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Serviços conquistam Fraião agrícola


Em termos administrativos, Fraião estava anexada a Nogueira e apenas se tornou independente em 20 de Fevereiro de 1903.

Ainda hoje, Fraião, uma freguesia cujo núcleo mais antigo se situa na rua da Boavista, possui uma igreja paroquial pequenina, a qual está a ser substituída por um novo templo, em fase de conclusão junto à existente, num terreno reservado para esse efeito.

Na década de 90 do século passado, a freguesia de Fraião foi abanada na sua pacatez pela instalação de grandes superfícies, das quais se destaca pela sua grandiosidade, o Minho Center-Carrefour (agora Continente), para além do Office Center, o Aki, Lidl, Media Market e o San Luis.

Novos empresários das áreas dos serviços escolheram esta freguesia para diversificarem as respostas às necessidades das pessoas, em variadas áreas. No entanto, alguns serviços prioritários ainda escasseiam em Fraião e devem merecer atenção especial.

A implantação destes hipermercados e das novas urbanizações acabaram com a exploração agrária de quintas existentes entre Lamaçães e o vale do rio Este, de grande fertilidade.

Uma dessas quintas, a da Senra de Baixo, ainda ostentava motivos patrimoniais que convinha fossem salvaguardados, entre eles um dos marcos que separa Fraião de Lamaçaes e um belíssimo fontanário do século XIX. Um dos marcos encontrava-se mesmo por trás do Media Market (foto).

A Quinta da Senra de Baixo, um grande celeiro de Fraião em décadas passadas e agora praticamente reduzida à casa agrícola da quinta mas onde existe algum património que não deve deixar-se degradar.

Junto à casa de lavoura encontra-se um dos marcos delimitadores da freguesia com a inscrição ‘SIP’ e um lindo conjunto de granito com bancos, fonte e tanque construído em Setembro de 1858.

A construção do Hipermercado Carrefour — agora Continente — obrigou à trasladação da antiga fonte das águas férreas, para um espaço renovado e devidamente recuperado, que é ponto de ‘peregrinação’ para milhares de bracarenses que ali se abastecem de água.

Sobre os monumentos e sítios, falaremos amanhã, para que possa amar Fraião conhecendo melhor o que ela tem para disfrutar.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Fraião - qual a origem do nome?


Fraião é um nome do tempo dos godos.

É uma afirmação que não deve sofrer grande contestação porque o primeiro documento que nos fala de Fraião data de 1089, o qual foi pretexto para o anunciado Congresso Internacional comemorativo do IX centenário da existência da Freguesia.

Esse documento é o ‘Liber Fidei’, um dos mais ricos cartórios eclesiásticos portugueses, e faz referência a uma doação de um casal, Paio Peres, à Sé de Braga, dedicada também nesse ano.

Essa doação é confirmada por outro documento do século XVIII “O contador de Argote”, onde se especifica que a fazenda doada fica em Fraião.

Em termos paroquiais, a primeira referência data dos finais do século XIII, de acordo com recolha de elementos informativos constantes das Inquirições e 1220 e de 1290.

Era em tempos idos uma freguesia pobre, incapaz de sustentar um pároco, pelo que foi anexada á vizinha freguesia vimaranense de S. Cristina de Longos, em meados do século XV, situação que se manteve até 1525.

Hoje, por razões diferentes, o pároco de Fraião é o de Lamaçães mas o bairrismo da freguesia está em alta para se lançar na construção de uma nova e ampla Igreja paroquial.

O novo templo afirma-se como um dos maiores investimentos da comunidade fraionense nas últimas décadas, enriquecendo um património simples que é constituído pelo templo velho, o cruzeiro e a fonte das águas férreas.



Podes amar o que não conheces?



Fraião é, em termos monumentais, uma freguesia pobre, porque a sua principal riqueza estás nas pessoas que ali nasceram, habitam, trabalham e investem o seu dinheiro.

Os que ali nasceram conhecem melhor a freguesia e amam-na muito, mas os que aqui chegaram há pouco tempo também a vão amar tanto como os que ali nasceram. Ninguém ama aquilo que desconhece.

Na nossa postura perante Fraião e os fraionenses, assumimos um compromisso de honra de trabalhar por Fraião numa perspectiva construtiva e positiva.

Vamos começar por dar a conhecer — para ajudarmos os mais novos (em idade e em residência nesta terra) a amar mais esta terra - um pouco da história, das pessoas e dos sítios de Fraião.

Vai perceber, em cada dia que passa, que Fraião precisa de si.

Vai gostar de participar neste desafio que lhe propomos: mais e melhor Fraião.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Não deites ao lixo o teu futuro




Se te entregarem ou vires este cartaz, não o ignores.

Não deites ao lixo uma ferramenta necessária à construção de um futuro melhor para a tua terra.

Não te demitas da tua responsabilidade em ajudar
a construir uma freguesia melhor para ti,
para os teus amigos e familiares
ou companheiros de trabalho e lazer.

Participa no desafio

Sê útil, porque Fraião
precisa de ti
para ser mais
e melhor


Vamos olhar Fraião de frente


Fraião é uma terra fantástica.

São tantos — cada vez mais — que a elegem para aqui trabalhar, para aqui viver, para aqui nascer, para aqui criar riqueza.

São estes os responsáveis primeiros pelo seu crescimento e desenvolvimento.

Este desenvolvimento não encontra resposta nos poderes instalados na autarquia, ao nível da exigência e da qualidade que eles merecem.

Vamos olhar Fraião olhos nos olhos, de frente, às claras.

Vem daí connosco.

Não temos mundos nem fundos para prometer, mas estamos a preparar uma equipa capaz de responder

à qualidade
de vida cultural,
recreativa,
desportiva,
social e política
que Fraião merece;

às pessoas que nasceram, vivem e trabalham em Fraião
no desporto,
na cultura,
no recreio,
na formação profissional,
na procura de emprego;

— à necessidade de afirmar a primazia de Fraião no espaço urbano de Braga;

Temos uma EQUIPA

que tem uma ideia para colocar Fraião na frente

e um projecto para Fraião ser melhor.

Esta semana vai conhecer essa ideia e deliciar-se com o sonho.

Fraião precisa de si

Participe no desafio
Mais e Melhor Fraião.

Por si,
pelos seus amigos,
pelos seus familiares,
por Fraião
por Braga.

Você merece e Fraião também.