sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Serviços conquistam Fraião agrícola


Em termos administrativos, Fraião estava anexada a Nogueira e apenas se tornou independente em 20 de Fevereiro de 1903.

Ainda hoje, Fraião, uma freguesia cujo núcleo mais antigo se situa na rua da Boavista, possui uma igreja paroquial pequenina, a qual está a ser substituída por um novo templo, em fase de conclusão junto à existente, num terreno reservado para esse efeito.

Na década de 90 do século passado, a freguesia de Fraião foi abanada na sua pacatez pela instalação de grandes superfícies, das quais se destaca pela sua grandiosidade, o Minho Center-Carrefour (agora Continente), para além do Office Center, o Aki, Lidl, Media Market e o San Luis.

Novos empresários das áreas dos serviços escolheram esta freguesia para diversificarem as respostas às necessidades das pessoas, em variadas áreas. No entanto, alguns serviços prioritários ainda escasseiam em Fraião e devem merecer atenção especial.

A implantação destes hipermercados e das novas urbanizações acabaram com a exploração agrária de quintas existentes entre Lamaçães e o vale do rio Este, de grande fertilidade.

Uma dessas quintas, a da Senra de Baixo, ainda ostentava motivos patrimoniais que convinha fossem salvaguardados, entre eles um dos marcos que separa Fraião de Lamaçaes e um belíssimo fontanário do século XIX. Um dos marcos encontrava-se mesmo por trás do Media Market (foto).

A Quinta da Senra de Baixo, um grande celeiro de Fraião em décadas passadas e agora praticamente reduzida à casa agrícola da quinta mas onde existe algum património que não deve deixar-se degradar.

Junto à casa de lavoura encontra-se um dos marcos delimitadores da freguesia com a inscrição ‘SIP’ e um lindo conjunto de granito com bancos, fonte e tanque construído em Setembro de 1858.

A construção do Hipermercado Carrefour — agora Continente — obrigou à trasladação da antiga fonte das águas férreas, para um espaço renovado e devidamente recuperado, que é ponto de ‘peregrinação’ para milhares de bracarenses que ali se abastecem de água.

Sobre os monumentos e sítios, falaremos amanhã, para que possa amar Fraião conhecendo melhor o que ela tem para disfrutar.

2 comentários:

  1. É Verdade.
    Fraião é a capital das grandes superfícies. São elas que ainda proporcionam alguns serviços de primeira necessidade nos dias de hoje.

    Mas fecham de noite. Se for necessário um multibanco, os fraionenses têm de ir a freguesias vizinhas.

    Isto já para não falar de uma farmácia.

    Há pormenores que fazem a diferença mas em Fraião reina a indiferença. Os fraionenses parecem estar anestesiados ou conformados.

    Há que animar a malta para reivindicar o que faz falta.

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  2. Ficamos com a sensação, ao ler alguns comentários, que existe, por vezes uma tentativa de nos "empurrarem" para a critica pura aos anteriores Presidentes da Junta e ao actual.

    Enganem-se pois aqueles que esperam da nossa parte essa atitude, tal comportamento, baseado nos diz-se, diz-se ou ouvi dizer que tal... e que não era assim ou que foi desta ou daquela maneira.

    Na génese do nosso grupo, marcamos como objectivo primeiro afirmar Fraião pela positiva, construindo uma relação de proximidade com os fraionenses, todos.

    Porque todos somos poucos para fazer o que para Fraião ser mais (no contexto urbano de Braga) e uma terra melhor para as pessoas viverem, trabalharem e nascerem.

    Ao apontarmos esta comportamento, não daremos guarida aos comentários descabidos e às críticas gratuítas deste ou daquele cidadão.

    Não é dessa forma que se unem os fraionenses e os mobilizamos para um projecto (que engrandeça Fraião), uma ideia (que Fraião merece) com uma equipa que quer colocar Fraião e as pessoas na frente.

    Todos aqueles que representaram a nossa freguesia, merecem da nossa parte respeito, quer concordemos ou não com as suas ideias ou projectos.

    Foram homens que abdicaram do seu tempo em família para o darem à comunidade; Quantos de nós estão dispostos a isso?

    A ausência de muitos é a primeira responsável pelo que nós mesmo criticiamos, quantas vezes de forma gratuita e sem razoabilidade. Por isso, ao fazê-lo, estamos a apontar o dedo à nossa indiferença ao longo de todos estes anos.

    Eles fizeram pouco?. Acreditamos que fizeram aquilo que souberam puderam.

    Foi pouco? Tens a oportunidade de fazer melhor. Vem connosco, fazer mais e melhor. Não permaneças na indiferença. Participa neste desafio.

    Só depois te podes sentir com legitimidade para criticar ou atirar a primeira pedra.

    Fraião precisa de ti.

    Nós já estamos a caminhar, com passos seguros para fazer mais e melhor por Fraião, sem recorrer à maledicência.

    Afonso Alberto

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